O que é a Leishmaniose e os sintomas
A Leishmaniose é uma doença parasitária, grave no cão, causada por
um parasita microscópico, a Leishmania. A sua transmissão é efetivada pela
picada de um inseto, muito parecido com um mosquito, mas de menor tamanho, que
não emite zumbido quando voa.
Tal como os mosquitos, estes insectos estão activos desde que o tempo aquece, normalmente a partir de Abril e até Setembro e vivem,
sobretudo, em refúgios de animais, habitações, caixotes de lixo, matas e zonas
com águas estagnadas.
Nos anos mais quentes, o seu período de actividade pode ir
de Março a Novembro.
Durante este período pode ocorrer a transmissão da doença,
nunca directamente de cão para cão (excepto no caso da transmissão mãe/filho),
mas sempre através do vector, que é o próprio insecto. Ou seja, este tem que
picar, para se alimentar de sangue, num cão doente, para transmitir o parasita
a um cão saudável, quando o picar para se alimentar novamente. Está activo desde
o entardecer até ao amanhecer, sobretudo em noites amenas, pouco ventosas.
É
uma zoonose, ou seja, pode transmitir-se ao Homem, mas nunca através de um cão infectado. Portugal continental é endémico, ou seja, a doença é bastante
frequente e o número de animais doentes é muito alto.
As regiões mais afretadas são parte das Beiras, Trás-os-Montes, Alto Douro, Ribatejo, Alentejo, mas
sobretudo região de Lisboa, Setúbal e Algarve.
Tradicionalmente catalogamos a doença, segundo os sintomas, em Leishmaniose cutânea e visceral.
Na
cutânea, o principal órgão afectado é a pele e é nesta versão que a doença
atinge a sua máxima expressão, uma vez que as alterações superficiais são
evidentes e mais facilmente identificáveis.
Feridas de difícil cicatrização, perda de pêlo, sobretudo em volta dos olhos e
bordo das orelhas, crescimento exagerado das unhas e aumento da espessura da
pele em determinadas zonas, tornando-se seca e escamosa, são as principais,
mas podem ocorrer muitas outras, apesar de menos comuns.
A versão visceral é menos aparatosa mas normalmente mais grave, uma
vez que causa insuficiência renal
crónica (bebem e urinam exageradamente), emagrecimento, atrofia muscular,
aumento ganglionar e artrite. O prognóstico é mais grave na versão visceral
e maior a taxa de mortalidade.
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