A importância de vacinar o seu cão ou gato


A vacinação é um dos principais cuidados de saúde a ter com o seu animal de estimação. A vacinação é a primeira barreira contra algumas doenças, sendo a melhor forma de protege-lo, prevenindo doenças que são muitas vezes fatais.

A vantagem da vacinação é exactamente a de possibilitar a resposta imunitária sem ter existido doença e sem os efeitos devastadores da mesma. Se um animal vacinado contactar com o agente patogénicos pela primeira vez, estará já capacitado para reagir e anular os efeitos de tal agente, mesmo não tendo sofrido uma verdadeira infeção.




A vacinação adquire maior importância após a fase de amamentação. Nos primeiros tempos de vida, a proteção dos bebés é conseguida pelas defesas da mãe, veiculadas pela amamentação. São os anticorpos maternos presentes no leite, tão importantes nesta fase vulnerável. Estes anticorpos são os mesmos que protegem a progenitora, sendo por isso muito importante que esta esteja correctamente imunizada. A proteção materna vai sendo cada vez menos eficaz, até desaparecer completamente, algum tempo depois de terminar a amamentação. A partir deste momento a cria estará por sua conta. Sendo assim, é fácil compreender que esta fase será das mais susceptíveis na vida de um cachorro ou gatinho. 
Não só ainda não adquiriu uma imunidade competente, como também deixou de ter a proteção que lhe era facultada pela mãe.

Queremos criar animais equilibrados, bem adaptados à sociedade onde se inserem, bem comportados, companheiros de vida felizes e activos, versáteis, confiantes, que reagem positivamente a novos estímulos ou motivações. Os problemas comportamentais são eles próprios doenças, que devem igualmente ser prevenidas, a par das tão temidas doenças infecciosas. Aqui reside o grande desafio da vacinação.

A realidade dos gatos é um pouco diferente. Na sua maioria são animais que não saem à rua e portanto menos expostos aos perigos do exterior. Mas, mesmos menos expostos, também eles devem ser vacinados. Pois, como gostam imenso de se “escapulir” se tiverem oportunidade assim estão sempre protegidos.

Devemos vacina-los enquanto a imunidade materna ainda está activa, esta neutralizará os anticorpos produzidos, se esperamos até ao desaparecimento da imunização maternal, haverá uma fase em que esta já não será suficiente para proteger o seu amiguinho. Se não o vacinamos fica indefeso quando a imunidade materna deixa de ser suficiente.

A vacinação, tão importante, deverá, no entanto, ser a estritamente necessária e suficiente. Dentro do possível deveremos optar por um protocolo que nos garanta a proteção do animal para aquelas doenças a que poderá estar exposto, com o número mínimo, mas eficaz, de inoculações. Não adianta vacinar para além do necessário, ou para doenças que não constituem um risco para a realidade em causa. A decisão sobre que vacinas administrar e com que frequência deve sempre levar em consideração a relação risco/benefício, uma vez que o ato vacinal não é completamente seguro. Qualquer substância inoculada pode causar problemas alérgicos ou mesmo de reacção local, para além do, felizmente raro, choque anafilático (reacção alérgica grave que ocorre poucos segundos ou minutos depois do contacto com o alérgeno). Mas, sem dúvida, estas reacções ocorrem raramente e não têm expressão suficientemente importante para deixarmos de vacinar. A vacinação não só protege o animal de infecções evitáveis, como controla a expansão de doenças, uma vez que cada animal que não a contrai também não a irá transmitir. Quando se faz vacinação em massa para doenças graves e altamente contagiosas, consegue-se o controle eficaz das mesmas, apesar de não serem vacinados 100% dos susceptíveis.

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